O Comer Emocional

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Introdução

O comer emocional é uma resposta a diversos fatores emocionais, tais como:

  1. Estresse – rotina estressante do dia a dia;
  2. Não saber lidar com as emoções;
  3. Não saber lidar com a frustação.

Quando comemos, a área de recompensa e prazer do cérebro é ativada, da mesma maneira como sexo e drogas. Nas situações de prazer, nosso cérebro libera um neurotransmissor chamado dopamina que é distribuída para diversas áreas do cérebro.

  • Amígdala – controla as reações emocionais e aprende informações emocionalmente importantes. Também está associada à excitação e atividade sexual;
  • Núcleo accumbens – controla as funções motoras. É a área que te faz “roubar” outro brigadeiro da mesa;
  • Córtex pré-frontal – ajuda a focar sua atenção naquilo que está te dando prazer;
  • Hipocampo – é a área responsável pela formação de memórias.

Ao comermos, todas essas áreas são ativadas e, por esse motivo, comer nos dá prazer, nos proporciona alívio e condiciona o nosso cérebro a reagir às situações que possam nos causar desconforto ou sofrimento, proporcionando uma experiência gratificante, que proporciona um alívio e redução do mal-estar e, consequentemente levando à recuperação do equilíbrio emocional.

Nessa situação, ao passarmos por um momento de ansiedade, por alguma situação ocorrida, nosso cérebro entra em um sistema de luta e fuga, liberando algumas substâncias em nosso organismo, que irão atuar como mensageiras, ativando nosso corpo por um certo período, porém, em algum momento, nosso organismo procurará retornar ao estado de relaxamento e equilíbrio e, é nesse momento que utilizamos o alimento como uma fonte de prazer e alívio.
Se não conseguimos enfrentar e gerenciar nossa ansiedade, frequentemente ficamos mais vulneráveis a esses sentimentos de ameaça, de luta e fuga, nos levando a compensar esse desequilíbrio emocional com a ingestão de alimentos, na tentativa de aliviar as emoções e proporcionar prazer.
A vida moderna, o estresse diário e a cobrança recebida em todas as áreas da vida tendem a aumentar cada vez mais o estado ansioso das pessoas. Um resultado observado é que a maioria das pessoas com problemas de obesidade apresentam um alto nível de ansiedade em seu dia a dia.
Um dos fatores que contribuem para o aumento da ansiedade são os padrões inflexíveis, a rigidez de pensamentos o que não permite ao você sair desse estado permanentemente ansioso.
Para podermos nos livrar da ansiedade, precisamos descobrir as causas dessas ansiedades. Quais são as crenças e pensamentos que nos levam a ficar nesse estado ansioso.

O comer emocional

Normalmente, as pessoas que apresentam dificuldades com o peso são pessoas que não conseguem entrar em contato com suas emoções, levando uma vida onde apresentam medo em colocar para fora o que está sentindo, acreditando que suas emoções são intoleráveis. Com isso, levam uma vida tentando fugir das sensações de sentir-se triste, frustrado, chateado e, em alguns casos, chegam a evitar até a alegria, por não se acharem dignos dessa emoção. Evitam o contato com qualquer emoção natural do ser humano.
Para evitar o contato com suas emoções, muitas pessoas acabam recorrendo à ingestão de alimentos, normalmente com alto índice calórico, para aliviar ou evitar o desconforto dessas emoções.

Nossa própria cultura nos pressiona a não demonstrarmos as emoções, pois isso significa nos mostrarmos como vulneráveis, fracos. Desse modo somos forçados a não querer sentir as emoções, não demonstrar os sentimentos, para nos apresentarmos como pessoas “fortes e poderosas” ao mundo.
Assim, ao vivenciarmos emoções que não gostaríamos de estar sentindo, procuramos aliviá-las através do comer. Transformamos o alimento como um regulador de emoções, sejam essas emoções positivas ou negativas.
Para controlarmos essa situação, temos que aprender a ser mais assertivos em nossas habilidades sociais, apreendendo a dizer não para algo que não queremos fazer; saber quando iniciar e quando terminar uma conversa; estabelecer limites para nós mesmos e para as pessoas com quem convivemos; falar o que estamos sentimos e demonstrar como gostaríamos de ser tratados.
Esses comportamentos devem ser feitos de uma forma empática, cuidando para que não afete as relações, mas que demonstrem aquilo que você gostaria que fosse observado.
Um exemplo dessa situação é quando uma pessoa é criticada – principalmente por sua família – pelo corpo ou pela alimentação que ingere, e não consegue responder. Nessas situações, ao ser criticado, não sabe como lidar com a crítica, não expressando o que realmente sentiu a acaba procurando um meio para se livrar ou aliviar o problema, algumas vezes não comendo, adotando uma atitude purgativa, e em outras comendo mais ainda e explodindo em raiva com aqueles que a criticaram. Por isso, desenvolver suas habilidades sociais, falar o que pensa, o que sentiu com a crítica, tem uma influência imensa em como você vai lidar com suas emoções.
Precisamos colocar nossa vida em equilíbrio, procurando outras fontes de prazer além da comida. Também precisamos desenvolver outras habilidades, restaurar vínculos sociais quebrados, envolver-se com hobbies e passatempos, pois, uma vez que não tenho as áreas da minha vida em equilíbrio, abro espaço para a comida dominar. Só penso em dietas, contar calorias, atividade física em excesso e … comer.

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